TJSP reconhece validade de cláusula de não concorrência pelo prazo de 10 anos

LinkedIn
WhatsApp
Facebook
Twitter

O Tribunal de Justiça de São Paulo – TJSP enfrentou, recentemente, demanda judicial em que os contraentes de contrato de promessa de cessão de cotas requereram a nulidade da cláusula de não concorrência com prazo de vigência de 10 anos, inserida no contrato.

No caso analisado pelo Tribunal, um grupo de empresários ingressou com ação declaratória de nulidade da cláusula de não concorrência em contrato de promessa de cessão de cotas, por meio do qual pretendiam vender sua participação societária a terceiro.

A cláusula de não concorrência em contrato de promessa de cessão de cotas tem o objetivo de impedir os sócios vendedores de participarem de negócios, com terceiros, no mesmo segmento da empresa cujas cotas estão vendendo. Ou seja, a finalidade é que os vendedores não possam se retirar da sociedade e, na sequência, empreenderem no mesmo segmento, atraindo a clientela que já possuíam.

O TJSP entendeu pela validade da cláusula, uma vez que, dentre outros fundamentos, não há vedação legal para aplicação de prazo de 10 anos de vigência da não concorrência, assim como, as partes são experientes e conhecedoras do mercado que atuam, o que afastaria qualquer invalidade da cláusula. Desse modo, é fundamental que as partes estejam devidamente assessoradas por profissionais especialistas, prevendo a cláusula de não concorrência, quando aplicável, com o seu detalhamento necessário, como quais atividades estão abarcadas pela não concorrência, o prazo de vigência claro e as restrições geográficas.

VOCÊ TAMBÉM PODE SE INTERESSAR POR ESSAS PUBLICAÇÕES

Os vícios do consentimento nos negócios jurídicos no âmbito do agronegócio

O texto explora os vícios do consentimento nos negócios jurídicos, especificamente no âmbito do agronegócio, os quais podem comprometer sua validade e levar a sua anulação. Dentre esses vícios estão presentes o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo e a lesão. No contexto do agronegócio, são apresentados exemplos para cada um dos tipos de vício, de modo a elucidá-los de maneira prática aos agentes do setor.

Leia mais

STJ Exige Certidão de Regularidade Fiscal na Recuperação Judicial

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio do julgamento do Recurso Especial nº 2.082.781, decidiu de forma unânime que a não apresentação da certidão de regularidade fiscal causará a suspensão do plano de reestruturação, e pode resultar no indeferimento do pedido de recuperação. Modificando então, o entendimento que dispensava as empresas de apresentar a Certidão de Regularidade Fiscal para homologação do plano de Recuperação Judicial.

Leia mais