Conselho Monetário Nacional Altera Novamente as Normas Acerca dos Lastros de CRIs e CRAs

LinkedIn
WhatsApp
Facebook
Twitter

O Conselho Monetário Nacional – CMN editou a Resolução 5.121 a fim de modificar a recente Resolução CMN 5.118 que restringiu o rol de títulos de dívida e direitos creditórios passíveis de comporem o lastro da emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).

Inicialmente, de acordo com a redação antiga da norma, não poderiam compor o lastro de emissões de CRAs e CRIs os títulos de dívida cujo emitente, devedor ou garantidor seja companhia aberta ou parte relacionada a ela que não atue, principalmente, no setor imobiliário ou agronegócio; ou seja instituição financeira ou entidade autorizada a funcionar pelo Bacen e suas respectivas partes relacionadas.

A nova resolução promoveu duas importantes alterações.

A primeira modificação introduzida pelo CMN foi a retirada dos “contratos e as obrigações de natureza comercial, tais como duplicatas e contratos de locação, de compra e venda, de promessa de compra e venda e de usufruto relacionados a imóveis” do conceito de título de dívida. Consequentemente, a partir de agora, tais contratos e obrigações poderão ser utilizados em operações de securitização.

A segunda modificação substituiu o conceito de parte relacionada, conceito este que era excessivamente amplo, impactando negativamente o mercado de securitização e o funding de quaisquer companhias relacionadas a instituições financeiras ou entidades autorizadas a funcionar pelo Bacen.

Em substituição, ao invés da proibição irrestrita aos títulos de dívida emitidos, devidos ou garantidos por partes relacionadas às instituições financeiras, agora tal restrição se aplica apenas às próprias instituições financeiras ou entidades autorizadas a funcionar pelo Bacen, suas controladas e demais entidades integrantes do seu conglomerado prudencial, não mais a qualquer parte relacionada.

Desse modo, os ajustes promovidos pela Resolução CMN 5.121 esclarecem pontos que haviam sido deixados em aberto pela normativa antiga e representam um avanço para o mercado de securitização.

VOCÊ TAMBÉM PODE SE INTERESSAR POR ESSAS PUBLICAÇÕES

STJ Exige Certidão de Regularidade Fiscal na Recuperação Judicial

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio do julgamento do Recurso Especial nº 2.082.781, decidiu de forma unânime que a não apresentação da certidão de regularidade fiscal causará a suspensão do plano de reestruturação, e pode resultar no indeferimento do pedido de recuperação. Modificando então, o entendimento que dispensava as empresas de apresentar a Certidão de Regularidade Fiscal para homologação do plano de Recuperação Judicial.

Leia mais

5ª EDIÇÃO DO BOLETIM CVM DO AGRONEGÓCIO – DEZEMBRO/2023

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou, no dia 01 de abril de 2024, a 5ª Edição do Boletim CVM Agronegócio, com data base de dezembro/2023, elaborado pela Superintendência de Securitização e Agronegócio (SSE). O Boletim é disponibilizado trimestralmente e composto por informações quantitativas com relação aos instrumentos de financiamento do Agronegócio utilizados pelo mercado de capitais e financeiro, particularmente Fiagros e CRA.

Leia mais

A COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS POSTERGA PRAZOS PREVISTOS NO NOVO MARCO REGULATÓRIO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM editou a Resolução CVM nº 200, com vigência desde março de 2024, para (i.) prorrogar os prazos de adequação dos fundos em funcionamento ao regramento da Resolução CVM nº 175 (Marco Regulatório dos Fundos de Investimento) e (ii.) atualizou as normas relativas à possibilidade dos FII e Fiagros ofertarem ativos em garantia de operações, conforme passou a permitir a Lei 8.668/93.

Leia mais