A Prática do Compliance nas Startups e seu Diferencial Competitivo

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As startups são modelos empresariais que possuem estruturas simplificadas, mas com crescimento em grande escala no mercado brasileiro. No agronegócio, as famosas agtechs são destaques no desempenho deste ano, já captando mais de R$ 54 milhões nos primeiros cinco meses, tornando-se cada vez mais populares e numerosas.  

Possuem, sobretudo, a finalidade de desenvolvimento de produtos e inovações de serviços, sem burocracia, com rapidez e um olhar sempre atento ao seu campo de negócio, sob a ótica do empreendedorismo e da contemporaneidade.  

Contudo, com o entusiasmo de criarem soluções inovadoras para o seu público, a maioria das startups deixa de observar os seus procedimentos e regras internas, ditas como burocráticas, motivadas não pelo desconhecimento ou falta de preocupação, mas sim pelo fato de que não se adequam a sua realidade e ao seu modelo inovador. 

É neste contexto que devemos tocar no assunto de quem alavanca e acredita nesse tipo de negócio: os investidores, ou, dentro da linguagem das startups, os investidores-anjo.  

Isso porque, os investidores empregam os seus recursos buscando não só modelos de negócios atraentes, mas que tragam segurança diante do cenário de incertezas que o campo da inovação está inserido, sendo de suma importância a necessidade de um modelo de gestão às startups que querem se diferenciar no mercado.  

Assim, muitas startups vêm inserindo o Compliance como ferramenta para se destacarem no mercado, práticas que objetivam a efetivação das normas, seja sobre as perspectivas éticas da própria instituição, seja sobre a legislação brasileira competente, corroborando para a maior eficiência de seu propósito, sobretudo, com a confiança e credibilidade de novos investidores e, consequentemente, o aumento de seu lucro de forma sustentável.  

Dentro das práticas do Compliance, podemos falar sobre a criação de Programas de Integridade, conjunto de mecanismos e procedimentos internos de auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades, com o objetivo de detectar e sanar desvios e fraudes na instituição, bem como promover o direcionamento das startups a fortalecer os seus controles internos.  

Os benefícios do Programa de Integridade estão relacionados a levar as startups a um patamar maior de segurança e proteção jurídica, pois, caso não estejam com as suas questões legais adequadas, poderão deixar de ser atrativas e perderem potenciais investimentos.  

Assim, embora as práticas de Compliance não sejam facilmente inseridas dentro da cultura das startups, diante da necessidade de mudança de seus paradigmas éticos e empresariais em todos os seus setores, a sua implementação devidamente assessorada pode ser vista como um investimento seguro aos olhos dos investidores, que exigem, cada vez mais, um maior preparo das empresas que trabalham no ramo da inovação. 

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