Estudos confirmam que a conexão digital de equipamentos e máquinas agrícolas vem crescendo cada dia mais, tendo os produtores buscado tecnologias visando a melhoria de suas produções e a redução de custos. Uma prova desse crescimento é o aumento significativo de drones conectados para uso nas lavouras.
A consultoria irlandesa Research and Markets afirmou que “Há uma pressão cada vez maior pela melhoria de produtividade e pela redução de custos no campo, o que cria oportunidades para fabricantes de tecnologia de agricultura inteligente”. Ainda segundo a consultoria, a indústria da agricultura conectada terá um ritmo de crescimento de 9,4% ao ano entre o período de 2020 e 2027, movimentando US$ 18,7 bilhões.
Apesar do relatório da pesquisa feita em 2021 por outra consultoria, Meticulous Research, prever leve declínio de 0,8% no mercado de internet das coisas, em relação ao ano passado, em decorrência da pandemia – por ter interrompido a cadeia de produção de empresas que fornecem tecnologias – o mercado de internet das coisas voltado à agricultura deve retomar seu crescimento em 2022, sendo prevista a movimentação de aproximadamente US$ 32,75 bilhões no segmento em 2027. O montante representa um avanço anual de 15,2% a partir do patamar de 2019. Referida consultoria ainda afirma que: “Com o impulso de políticas governamentais, o setor agrícola deve investir em atualizações tecnológicas e incorporar soluções de internet das coisas como parte de sua estratégia de aumento de produção”.
Já a consultoria americana Reportlinker, atualizou suas projeções e de acordo com o relatório, serão movimentados US$ 21 bilhões pelo segmento no mundo até o final de 2025.
Cumpre frisar que não há como comparar as previsões das consultorias entre si, considerando que cada uma trabalha com uma base de dados específica e consideram intervalos de tempo diferentes. Entretanto, todas concordam com o potencial avanço deste mercado.
O conglomerado francês de tecnologia Atos informou, nesta quinta-feira, que será o coordenador programa do FlexiGroBots da União Europeia que tem como objetivo disseminar o uso de robôs para o cultivo de alimentos. Na sequência a AppHarvest dos Estados Unidos, anunciou a formalização da compra da Root AI, tecnologia que desenvolve robôs para a produção agrícola.
A ascensão da internet das coisas nas lavouras além de criar mercado para as fabricantes de equipamentos conectados, também significa a melhoria da infraestrutura de conexão, pois essas tecnologias exigem, por exemplo, redes de comunicação com mais alcance e qualidade.